26 dezembro 2011

Natal em Santo André

O dia de Natal anunciava-se cheio de acontecimentos gerando, em mim, expectativas mistas de alegria e cansaço.
Aqui em Madadeni é tradição ter Baptismos de crianças na festa do nascimento de Jesus. 
O dia antes de Natal foi assim preenchido com reuniões de pais das crianças a serem baptizadas: um total de trinta e sete baptismos em duas comunidades.

Mas havia uma outra comunidade, Santo André, onde tínhamos concordado fazer a Primeira Comunhão de dez adolescentes - dos onze aos dezoito anos - a primeira vez que havia Primeiras Comunhões nessa comunidade. No início da tarde do dia 24 encontrámo-nos para a celebração do Perdão e para deixar tudo em ordem para a celebração de Eucaristia do Nascimento do Senhor e Primeira Comunhão. Estava tudo muito bem orientado: as catequistas tinham preparado muito bem as crianças que, não obstante tudo, manifestavam nervosismo misturado com expectativa. Tudo muito bem mas... a comunidade de santo André não tem igreja ou capela, reúnem-se numa garagem cedida por uma senhora.

A Missa de Natal, em Santo André, estava agendada para as doze horas dado que, antes disso, eu teria celebrações ás oito e ás dez. As duas primeiras celebrações tinham Baptismos e acabei por começar a Missa das doze ás... treze e trinta. Meus Deus, que vergonha... Mas, ao chegar, lá estavam as pessoas sentadas em ordem e a... cantar! Pedi desculpa pelo atraso e, tinha que o fazer, agradeci pelo testemunho que me deram.

As crianças da primeira Comunhão - duas raparigas e oito rapazes - estavam tão cheios de alegria que um deles, ao agradecer, disse: "obrigado ao nosso bispo Zé por nos ter dado, pela primeira vez, a sagrada Comunhão". Foi risada geral!
As duas catequistas do grupo - uma delas é a dona da garagem onde nos reunimos - organizaram um almoço para as crianças e o padre: foi o meu almoço de Natal.

No final as crianças levaram para o meu carro os frutos do ofertório da Missa: Uma abóbora, cenouras, batatas, cinco litos de óleo, feijões enlatados... 
Este meu Natal foi, na verdade, um Natal muito quente e não pelo facto de temperatura rondar os 36 graus, mas pelo nível de genuína alegria e fraternidade. Na verdade, nasceu-nos HOJE o Salvador - Jesus Cristo Senhor!
Feliz Natal.

23 dezembro 2011

aos cristão de Madadeni

Aqui vai a carta que acabo de escrever aos cristãos das comunidades católicas de Madadeni: são cinco comunidades, três delas razoávelmente estabelecidas e duas em desenvolvimento.
A carta está escrita em Zúlu - é essa língua que usamos nesta township (aqui na África do Sul essa palavra, "township", vem dos tempos do apartheid e designa uma área urbana onde os negros eram obrigados a viver no tempo da discriminação racial). 
Mesmo sendo "área urbana" Madadeni - 250.000 habitantes - não tem nada a ver com a cidade de Newcastle a 15 quilómetros de distância.
De qualquer modo, aqui fica a carta: Feliz Natal e...boa leitura!

22 dezembro 2011

Feliz Natal!


15 novembro 2011

recomeçar

Terminado o meu serviço de três aos missionários da Consolata na África do Sul, volto agora ao trabalho pastoral na Diocese de Dundee, na província do KwaZulu-Natal.

A Diocese de Dundee (51.867 Km2) tem uma população de 1.500.000, dos quais 75.000 são Católicos. 
A média de Católicos da África do Sul é de 7%.

Os missionários da Consolata iniciaram o seu serviço missionário na Diocese de Dundee em 1971 e, hoje, encontram-se a trabalhar também nas Arquidioceses de Pretoria, Joanesburgo e Durban.

Desde Setembro de 2008 temos também um Seminário Maior onde 12 jovens de vários países africanos se preparam para o sacerdócio missionário. Um jovem sulafricano - natural de Madadeni - encontra-se em S. Paulo, Brasil, a fazer os estudos de Teologia.

Esta é a terceira vez que sou enviado para trabalhar na Diocese de Dundee onde comecei em 1985. 
O mandato que me foi dado é para as comunidades de Madadeni, uma township (antiga cidade para sulafricanos negros) a quinze quilómetros da cidade de Newcastle, no norte da Província do KwaZulu-Natal.

Em Madadeni residem quatro missionários na mesma comunidade, mas cada um tem a sua zona de acção apostólica.

Voltar a Madadeni é um recomeço dado que a zona e as comunidades que me são confiadas são novas para mim, mesmo se já lá vivi durante três anos pois o meu apostolado desenrolava-se em Osizweni.

"... para anunciar a Boa Nova aos pobres"

05 novembro 2011

“Morro mas vou com os amigos”

Estimado P. Armando,

Bem hajas pela tua presença na minha vida.

Bem hajas pela tua alegria, pela tua energia e determinação.

Bem hajas, de todo o coração, pela tua fraternidade.


Encontrámo-nos muitas vezes, mas os encontros mais significativos - aqueles que deixaram marcas - aconteceram nos últimos anos: Agradeço o Senhor da Vida por nos ter proporcionado esses momentos cheios de intensidade e alcance.


Passei várias vezes por Proença nos últimos anos por motivo da situação de saúde da minha Mãe.

Foram sempre períodos muito breves - as exigências da Missão não permitiam mais - mas sempre me disponiblizei para os serviços pastorais e tive a Bênção de partilhar contigo e com os teus Irmãos bastantes momentos.


Recordo a tua insistência para que eu fosse tomar as refeições convosco: "não precisas avisar", dizias, "vem e senta-te á mesa"!

Recordo quando me convidaste para intervir num Convívio Fraterno com uma palestra e Eucaristia.

Recordo a tua azáfama e preocupação em me proporcionar um meio de transporte para as Eucaristias dominicais: por duas vezes me deste o teu próprio carro, a última das quais era um veículo que tínheis comprado há muito pouco tempo. "Sempre que vieres a Proença usa um transporte nosso, não precisas de usar o da tua família".

Recordo as horas passadas, na vossa sala de estar, em partilha de vida: preparando a liturgia dominical e condividindo a vida nos seus altos e baixos: como eu admirei a tua serenidade e confiança!


Armando, há bastantes anos houve, porém, um momento que me marcou muito pela transparência com que te revelaste. Encontrámo-nos no Eco e bebíamos um café - ou era uma cerveja? - quando tu me contavas da viagem que tinhas acabado de fazer ás Missões dos teus Irmãos na Guiné Bissau: "sabes, Zé, não tenho vergonha de dizer que esta viagem me transformou, sou um homem diferente hoje e tenho uma visão nova da Igreja, não há nada como ser missionário!" 

Certo, a conversa decorria entre dois membros do mesmo 'sindicato' - dois missionários - e não havia nada de melhor do que saber e sentir que estávamos no sítio certo a fazer aquilo que o Mestre queria de nós. 


É verdade, Armando, "não ha nada como ser missionário": bem hajas de todo o coração!

Teu irmão, p. josé martins fernandes.

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"Morro mas vou com os amigos"


Esta foi a última mensagem que o P. Armando pediu para escrever no seu telemóvel como resposta  a um familiar. 

Depois de um calvário longo e com muito sofrimento, o Padre Armando Tavares partiu de forma serena às 6h30 do dia 3 de Novembro de 2011. Que descanse em Paz!


O P. Armando Tavares Pereira Alves, filho de José Pereira Alves e de Maria do Carmo Tavares, membro da Congregação do Preciosíssimo Sangue, nasceu a 11 de Junho de 1950, no Pergulho de Proença-a-Nova e foi ordenado sacerdote a 7 de Julho de 1974.


Foi responsável diocesano pelo Movimento dos Convívios Fraternos; Secretário Diocesano do Ensino da Igreja nas Escolas; Membro do Conselho Pastoral Diocesano e Pároco de Proença-a-Nova, S. Pedro do Esteval, Peral e Cardigos.

22 outubro 2011

A missão universal envolve todos, tudo e sempre

Dia Mundial das Missões 2011: 

Assim como o Pai me enviou, também Eu vos envio a vós» (Jo 20, 21)

 

Por ocasião do Jubileu do Ano 2000, o Venerável João Paulo II, no início de um novo milénio da era cristã, afirmou com força a necessidade de renovar o empenho de levar a todos o anúncio do Evangelho «com o mesmo entusiasmo dos cristãos da primeira hora» (Carta ap.Novo millennio ineunte, 58). É o serviço mais precioso que a Igreja pode prestar à humanidade e a cada pessoa que está em busca das razões profundas para viver em plenitude a própria existência. Por isso, o mesmo convite ressoa todos os anos na celebração do Dia Missionário Mundial. Com efeito, o anúncio incessante do Evangelho vivifica também a Igreja, o seu fervor, o seu espírito apostólico, renova os seus métodos pastorais a fim de que sejam cada vez mais apropriados às novas situações — inclusive as que exigem uma nova evangelização — e animados pelo impulso missionário: «A missão renova a Igreja, revigora a sua fé e identidade cristãs, dá-lhe novo entusiasmo e novas motivações. É dando a fé que ela se fortalece! A nova evangelização dos povos cristãos também encontrará inspiração e apoio, no empenho pela missão universal» (João Paulo II, Enc. Redemptoris missio, 2).

 

Ide e anunciai

Este objectivo reaviva-se continuamente através da celebração da liturgia, em especial da Eucaristia, que se conclui sempre evocando o mandato de Jesus ressuscitado aos Apóstolos: «Ide...» (Mt 28, 19). A liturgia é sempre uma chamada «do mundo» e um novo início «no mundo» para testemunhar o que se experimentou: o poder salvífico da Palavra de Deus, o poder salvífico do Mistério pascal de Cristo. Todos aqueles que encontraram o Senhor ressuscitado sentiram a necessidade de O anunciar aos outros, como fizeram os dois discípulos de Emaús. Eles, depois de ter reconhecido o Senhor ao partir o pão, «partiram imediatamente, voltaram para Jerusalém e encontraram reunidos os onze» e contaram o que lhes tinha acontecido pelo caminho (Lc 24, 33-35). O Papa João Paulo II exortava a estarmos «vigilantes e prontos para reconhecer o seu rosto e correr a levar aos nossos irmãos o grande anúncio: "Vimos o Senhor"!» (Carta ap. Novo millennio ineunte, 59).

 

A todos

Todos os povos são destinatários do anúncio do Evangelho. A Igreja «por sua natureza é missionária, visto que, segundo o desígnio de Deus Pai, tem a sua origem na missão do Filho e na missão do Espírito Santo» (Conc. Ecum. Vat. II, Decr. Ad gentes, 2). Esta é «a graça e a vocação própria da Igreja, a sua mais profunda identidade. Ela existe para evangelizar» (Paulo vi, Exort. ap. Evangelii nutiandi, 14). Consequentemente, nunca pode fechar-se em si mesma. Enraíza-se em determinados lugares para ir além. A sua acção, em adesão à palavra de Cristo e sob a influência da sua graça e caridade, faz-se plena e actualmente presente a todos os homens e a todos os povos para os conduzir rumo à fé em Cristo (cf. Ad gentes, 5).

 

Esta tarefa não perdeu a sua urgência. Aliás, «a missão de Cristo Redentor, confiada à Igreja, ainda está bem longe do seu pleno cumprimento... uma visão de conjunto da humanidade mostra que tal missão ainda está no começo e que devemos empenhar-nos com todas as forças no seu serviço» (João Paulo II, Enc. Redemptoris missio, 1). Não podemos permanecer tranquilos com o pensamento de que, depois de dois mil anos, ainda existam povos que não conhecem Cristo e ainda não ouviram a sua Mensagem de salvação.

 

Não só mas aumenta o número daqueles que, embora tendo recebido o anúncio do Evangelho, o esqueceram e abandonaram, já não se reconhecem na Igreja; e muitos âmbitos, inclusive em sociedades tradicionalmente cristãs, hoje são refratários a abrirem-se à palavra da fé. Está em acto uma mudança cultural, alimentada também pela globalização, de movimentos de pensamento e de relativismo imperante, uma mudança que leva a uma mentalidade e a um estilo de vida que prescindem da Mensagem evangélica, como se Deus não existisse e exaltam a busca do bem-estar, do lucro fácil, da carreira e do sucesso como finalidade da vida, inclusive em detrimento dos valores morais.

 

Co-responsabilidade de todos

A missão universal envolve todos, tudo e sempre. O Evangelho não é um bem exclusivo de quem o recebeu, mas é um dom a partilhar, uma boa notícia a comunicar. E este dom-empenho está confiado não só a algumas pessoas, mas a todos os baptizados, os quais são «raça eleita... nação santa, povo adquirido» (1 Pd 2, 9), para que proclame as suas obras maravilhosas.

 

Estão envolvidas também todas as suas actividades. A atenção e a cooperação na obra evangelizadora da Igreja no mundo não podem ser limitadas a alguns momentos ou ocasiões particulares, e nem devem ser consideradas como uma das tantas actividades pastorais: a dimensão missionária da Igreja é essencial e, portanto, deve estar sempre presente. É importante que tanto cada baptizado como as comunidades eclesiais se interessem pela missão não de modo esporádico e irregular, mas de maneira constante, como forma de vida cristã. O próprio Dia Missionário não é um momento isolado no decorrer do ano, mas uma ocasião preciosa para nos determos e reflectirmos se e como correspondemos à vocação missionária; uma resposta essencial para a vida da Igreja.

 

Evangelização global

A evangelização é um processo complexo e inclui vários elementos. Entre estes, uma atenção peculiar da parte da animação missionária sempre foi dada à solidariedade. Este é também um dos objectivos do Dia Missionário Mundial que, através das Pontifícias Obras Missionárias, solicita a ajuda para a realização das tarefas de evangelização nos territórios de missão. Trata-se de apoiar instituições necessárias para estabelecer e consolidar a Igreja mediante os catequistas, os seminários, os sacerdotes; e também de oferecer a própria contribuição para o melhoramento das condições de vida das pessoas em países nos quais são mais graves os fenómenos de pobreza, subalimentação sobretudo infantil, doenças, carência de serviços médicos e para a instrução. Isto também faz parte da missão da Igreja. Anunciando o Evangelho, ela toma a peito a vida humana em sentido pleno. Não é aceitável, afirmava o Servo de Deus Paulo VI, que na evangelização se descuidem os temas relativos à promoção humana, à justiça e à libertação de todas as formas de opressão, obviamente no respeito pela autonomia da esfera política. Não se interessar pelos problemas temporais da humanidade significaria «esquecer a lição que vem do Evangelho sobre o amor ao próximo que sofre e está em necessidade» (cf. Exort. ap. Evangelii nuntiandi, 31.34); não estaria em sintonia com o comportamento de Jesus, o qual «percorria as cidades e as aldeias, ensinando nas sinagogas, proclamando a Boa Nova do Reino e curando todas as enfermidades e doenças» (Mt 9, 35).

 

Assim, através da participação co-responsável na missão da Igreja, o cristão torna-se construtor da comunhão, da paz, da solidariedade que Cristo nos concedeu, e colabora para a realização do plano salvífico de Deus para toda a humanidade. Os desafios que ela encontra chamam os cristãos a caminhar juntamente com os outros, e a missão faz parte integrante deste caminho com todos. Nela conservamos, embora em vasos de barro, a nossa vocação cristã, o tesouro inestimável do Evangelho, o testemunho vivo de Jesus morto e ressuscitado, encontrado e acreditado na Igreja.

 

O Dia Missionário reavive em cada um o desejo e a alegria de «ir» ao encontro da humanidade levando Cristo a todos. Em seu nome concedo-vos de coração a Bênção Apostólica, em particular àqueles que mais trabalham e sofrem pelo Evangelho.

 

BENEDICTUS PP. XVI

 

21 outubro 2011

Ó Consolata!

05 outubro 2011

lágrimas de alegria, sonhos sem fim



Bem hajas imensamente, Narí, pela partilha!

15 setembro 2011

25 agosto 2011

Resumo da JMJ2011

10 agosto 2011

WYD, a celebration of faith with record numbers

Up until now, 420 thousand people have signed up to a gathering that will bring more than one million youngsters to Madrid

 

The World Youth Day in Madrid promises to beat all records. This is partly thanks to an organisation that has taken care of every single detail. There will be more than one million Catholics from five continents attending the gathering, though this number could increase. A huge celebration that will require a massive effort and will involve big figures.

 

Up until now, 420 thousand pilgrims have signed up, a number that exceeds all previous WYD celebrations. Traditionally, those registered only represent a third of participants.

 

The 10 most represented countries are: Italy (86.287), Spain (82.119), France (49.730), the US (26.282), Germany (15.639), Brasil (13.472), Poland (12.536), Portugal (11.966), Mexico (7.917) and Argentina (6.484). At least 131.961 pilgrims from the latter few countries are currently taking part in the activities organised by all Spanish dioceses, in preparation for WYD (which will begin on 16 August).

 

Organisers have guaranteed 300 thousand places and 500 common spaces to accommodate visitors (between schools and sports centres). To ensure all pilgrims are well fed, 4 thousand restaurants in Madrid will be offering more than 2 million "pilgrim menus"; during the last two days of the WYD (20 and 21 August), 500 thousand meals will be prepared, including, amongst other things, 11 and a half tons of bananas.

 

Thirty thousand recruited volunteers will be at the service of this human mass. Amongst them, there will also be individuals responsible for distributing 7 tons of rosaries to pilgrims (made in Ecuador and included in the pilgrim rucksack, together with a cap, a catechism for youngsters – YouCat – and other accessories).

 

When there aren't collective religious activities going on, youngsters will be able to choose from the 295 cultural activities that will be taking place across the Spanish capital. These will include 104 music concerts, 6 dance performances, 50 plays, 29 exhibitions, 11 conferences or testimonials. The companies will be representing 50 countries.

 

On 17 August there will be "a cinema day", during which 20 films or documentaries will be shown. There will also be 6 presentations, 10 meetings with actors, directors and producers and 2 short film festivals, not to mention world previews of the two films "God's gardener" and "The Cristiada."

 

Three catechism sessions will take place in 250 venues (on 17, 18 and 19 August). Of these, 74 will be in Spanish, 47 in Italian, 43 in French, 26 in English and 15 in Portuguese.

 

When Benedict XVI arrives at Barajas airport on Thursday 18 August, 50 children dressed as Swiss guards will be there to greet him. That evening, 50 youngsters (10 from each continent) will cross the Puerta de Alcalá on foot, accompanied by the Pope, and immediately after this, 6 Spanish horses will put on a show to welcome the Pope.

 

The Bishop of Rome along with 7 thousand seminarians will meet at the Almudena Cathedral; another meeting with 1.650 young nuns and 1000 university professionals will also be held in the El Escorial Palace. 

 

The WYD's main activities will be taking place at the Cuatro Vientos airport on the outskirts of Madrid: a large open space the size of 48 football fields. Organisers have also considered using another 50 hectares of land in case the 1.2 million quota was reached.

 

On the evening of 20 August a big vigil will be held at the airport. The site chosen, has 8 places reserved for heath care services, 4.000 chemical toilets, 2.000 water taps, 20.000 precincts, 63 electricity posts, 20 big screens and 17 chapels, where the Eucharist can be worshipped even at night.

 

The event as a whole will conclude with a final WYD mass, presided by Benedict XVI on the morning of Sunday 21 August. There will be 60 cardinals, 800 bishops and 14.000 priests celebrating alongside the Pope. 5.000 journalists will be covering the event. The total cost of the WYD is estimated at between 55 and 62 million Euros.


ANDRÉS BELTRAMO ÁLVAREZ


08 junho 2011

Novo Superior Geral

ALLELUIA!  ALLELUIA!  ALLELUIA!

O padre Estêvão Camerlengo
é o novo Superior Geral dos Missionários da Consolata.

Parabéns!

O XII Capítulo Geral dos Missionários da Consolata, IMC, que acontece desde o dia 09 de maio em Roma, elegeu, hoje dia 08 de junho, o Pe. Stefano Camerlengo como Superior Geral que dirigirá a Congregação nos próximos seis anos.

Padre Stegfano, nascido em 11 de 06 de 1956 a Morrovalle, província de Macerata (Itália) estudou filosofia em Turim e teologia na Universidade Gregoriana em Roma. Foi ordenado padre em 1984, em Wamba, nas Missões da República Democrática do Congo, onde trabalhou na pastoral, na formação e promoção humana. Desempenhou a função de Vice Superior regional e depois Superior Regional da Região IMC do Congo. Desde 2005 vinha exercendo o cargo de Vice Superior Geral IMC, durante o mandato do Pe. Aquiléo Fiorentini.

Fundado em Turim, norte da Itália, em 29 de janeiro de 1901 pelo Bem-aventurado José Allamano (1851-1926), o Instituto Missões Consolata têm como carisma a Missão Ad Gentes além-fronteiras e seguindo a metodologia de seu fundador, fez da promoção humana e da evangelização os dois valores fundamentais e irrenunciáveis das culturas locais. Hoje, a congregação conta com cerca de mil missionários entre padres e irmãos religiosos, que atuam em 22 nações, de quatro continentes: Europa (Itália, Espanha, Portugal, Inglaterra); África (Costa do Marfim, República Democrática do Congo, África do Sul, Moçambique, Tanzânia, Quênia, Uganda e Etiópia); América (Argentina, Brasil, Colômbia, Equador, México, Estados Unidos, Canadá, Venezuela); Ásia (Coréia e Mongólia).

O nosso muito bem haja ao P. Aquiléo Fiorentini pelo seu serviço missionário na liderança do Instituto missionário da Consolata durante os seis anos passados.

27 maio 2011

obrigado Padre – eu estou bem

Ontem - obrigado Senhor!
Eram as 3 horas da tarde quando eu, no dia 16 de Abril de 1985, descia as escadas do avião que de Lisboa me trouxe ao aeroporto então chamado de Jan Smuts, em Johannesburg. Foi uma viagem longa sobre o Atlântico, mais de 12 horas, devido ao boicote que impedia o regime racista da África do Sul de usar aquilo que a ninguém pertence mas que todos se arrogam, o espaço aéreo. A temperatura era amena mas o  sol que me acolheu era já amarelado e algo distante, pelo aproximar-se do Inverno neste país a sul do Equador. Ao descer aquelas escadas  que, da Europa do meu passado, me conduziam ao futuro em África, fui-me dizendo baixinho "este é agora o meu país, aqui está o meu futuro, este será o meu povo – obrigado, Senhor!"

Eram os tempos do "big onslaught", a grande turbulência politica, social e humana – opressão, sofrimentos e mortes, ataques, destruição e espezinhamento da dignidade – que iria culminar nove anos mais tarde na libertação da maioria oprimida com o acesso á democracia e, consequentemente, ao poder politico. Mas o estrago estava feito, e as consequências iriam permanecer durante tempos incalculáveis: uma sociedade estruturalemente dividida em que as pessoas não tinham nome mas apenas a côr da pele.

Foi esse o mundo para o qual fui enviado hà 26 anos. Um mundo onde a Igreja, para além de ser extremamente minoritária, 6% da população, estava etiquetada como o "perigo romano" e se colocava ostensivamente do lado da maioria oprimida. Uma Igreja que se encontrava a ser ninguém no meio do imenso mar de igrejas e grupos religiosos de toda a espécie, autoproclamando-se como os verdadeiros descendentes do Nazareno pelo revestimento de culturalismo e africanidade.

Os missionários da Consolata, não obstante o número reduzido, dedicavam-se com afinco á evangelização entre os mais desfavorecidos nos Bantustões e nas periferias urbanas: criavam oportunidades, iniciavam comunidades, formavam animadores, abriam novas presenças. A inspiração vinha-lhes do Fundador – promoção humana e evangelização – e a presença numa única diocese dava-lhes unidade e determinação. O carinho e apoio do bispo diocesano foralecia-os nas dificuldades: houve quem foi expulso, quem foi esfaqueado e quem, como eu, se viu confrontado com armas militares apontadas no coração da noite.

Era esse o mundo exaltante da Missão, o mundo que dava corpo aos meus sonhos missionários? Celebrei a minha primeira Eucaristia de Domingo com sete pessoas – sim sete pessoas! O meu primeiro domingo em "terras de Missão"…"vossos pensamentos não são Meus".
Depos foi a língua, nove longos meses de silêncio e escuta, de incompreensões e frustrações… o tempo da gestação, o tempo para nascer de novo, para abrir os olhos ao mundo que Deus me oferecia, o tempo para dar espaço ao 'grão de mostarda', o tempo de recomeçar com uma nova identidade, aberta ao tempo e ao ritmo de Deus.

Eternidade - obrigado, eu estou bem!
Visitei a Thembi numa segunda-feira a meio da manhã: era bela – os olhos vivos e inteligentes iluminavam-lhe a face arredondada e afável; estava adoentada, tossia muito mas, dizia ela, é uma coisa breve pois daí a três dias tinha o exame final de enfermagem. Tinha que ficar boa antes desse dia, tinha mesmo de ficar boa e fazer o exame: aos vinte e um anos estava ansiosa para devolver aos pais o fruto das suas poupanças e a alegria duma vida com futuro. Conversámos – "porque deixaste a tua família e vieste para este país?" – rezámos: "vim para que tenhais a vida e a tenhais em abundância". Quinta-feira era o dia do exame final. Thembi não foi á Universidade fazer o exame. O local tinha mudado: Thembi fez o exame final em frente de Deus. A sida colhera outra das suas inúmeras vítimas: vinte e um anos, um futuro cheio de sonhos e ambições, um final inesperado, abrupto – final. E uma vez mais o missionário sente o amargo da frustração e da não-justiça – porquê? Já me rendi á evidência de não ter palavras nestas situações. Fica apenas a presença, o olhar – é tão profundo o olhar dos jovens naqueles últimos dias… Fica, isso sim, a evidência última da Fé expressa na Oração, á mistura com imenso sofrimento e impotência... São milhares cada dia: até ontem sem dignidade, oprimidos pelo regime racista; hoje sem vida, destroçados pelo monstro da sida: sonhos truncados, juventude e beleza interrompidas, futuro irremediavelmente adiado; ficam as mãos apertadas, gestos e palavras com sabor a eternidade: "obrigado Padre, foi bom ver-te – eu estou bem"!

26 maio 2011

Inácio Saúre, Bispo de Tete, Mozambique

No dia 22 de Maio a Catedral da cidade de Maputo voltou a encher-se de gente para uma ordenação Episcopal.
É a segunda vez que, em menos de um ano, os missionários da Consolata dão um Bispo á Igreja de Moçambique. 

No final de Maio do ano passado foi ordenado Bispo para a diocese de Gurué o nosso padre Francisco Lerma. 
Neste ano de 2011 foi a vez do Padre Inácio Saúre ser ordenado Bispo para a Diocese de Tete. 
Dois dos onze Bispos titulares de Moçambique são missionários da Consolata.

A cerimónia da Ordenação Episcopal decorreu em natural ambiente de grande festa e contou com a quase totalidade dos Bispos de Moçambique. Entre os presentes na Assembleia contavam-se, entre outros, D. Alexandre - cardeal de Maputo - e o ex Presidente da República Popular de Moçambique Francisco Chissano.

D. Inácio Saúre - vestindo uma casula com a imagem de nossa Senhora da Consolata oferecida pelos missionários da Consolata da África do Sul - foi acompanhado ao altar pelo Padre Manuel Tavares, missionário da Consolata e teve entre os Bispos consagrantes D. Francisco Lerma, Bispo de Gurué, também ele missionário da Consolata. 

14 maio 2011

Fátima, Maio 2011

Missão e martírio no mundo contemporâneo

A Basílica de São Bartolomeu, na Ilha Tiberina, no rio Tévere, que corta Roma, guarda a memória dos novos mártires contemporâneos, entre os quais, os mártires da Argélia. A Basílica reúne arquivos de 12 mil novos mártires de diversas causas no mundo.

 

Os missionários e missionárias da Consolata, reunidos em Roma para os capítulos gerais, das duas congregações, receberam hoje, dia 12 de maio, dom Henri Teissier, bispo francês, com cidadania argelina, que viveu todo o período da revolução cultural islâmica na Argélia, quando 19 cristãos foram martirizados, entre os quais sete monges trapistas, assassinados no dia 21 de maio de 1996, cujos corpos nunca foram encontrados. A vida da comunidade trapista de Notre Dame Ed l'Átlas, em Tibhirine, Argélia, encontra-se retratada no filme "Homens de Deus" recentemente lançado. Calcula-se que, em oito anos, pelo menos 50 mil pessoas, foram assinadas naquele país do norte da África.

 

Uma leitura do testamento do padre Christian de Cherge, superior da comunidade dos monges, assassinado juntamente com seis colegas, introduziu o estudo do tema "Missão e Martírio", que destacou aspectos de fidelidade e testemunho.

 

Dom Teissier iniciou sua colocação contando que, na perseguição, durante o discernimento sobre a permanência ou não na Argélia, padre Christian, ao ser questionado por um confrade sobre as razões do martírio, teria respondido: "O mártir não deseja nada para si próprio, nem mesmo a própria glória do martírio. Torne-se mártir por amor".

 

Para dom Teissier, "o filme 'Homens de Deus' dá a impressão de que os monges estavam lá para esperar o martírio. Essa é uma perspectiva equivocada", disse o bispo. "Eles estavam na Argélia não para o martírio, mas para a missão", afirmou, sublinhando mais um pensamento do padre Christian: "o diálogo com os muçulmanos é o sacramento do encontro em nome de Deus para procurar fazer a vontade de Deus e partilhar com aquele povo, Deus amor. A Ordem religiosa não tem necessidade de mártires, mas de monges em qualquer realidade onde se encontra".

 

Outro aspecto destacado por dom Teissier foi a necessidade de assumir a missão com fidelidade. Os monges não estavam sozinhos, mas inseridos numa Igreja local que vivia ameaçada. Em 1993, todos os estrangeiros receberam ameaça de morte. Muitos saíram do país, mas a grande maioria permaneceu em fidelidade ao Evangelho e à missão.

 

Entre os vários mártires, recordou-se das Irmãs Agostinianas Missionárias espanholas, Esther Paniagua e Maria Caridad Álvarez, assassinadas na Argélia, em 1997 e da Irmã Leonella Sgorbati, missionária da Consolata morta na Somália, em 2006.

 

Dom Teisser, terminou sua primeira intervenção lendo um trecho da carta escrita por uma mãe muçulmana, após o martírio dos sete monges.

 

"Depois do sacrifício vivido por vocês e por nós, depois das lágrimas e da mensagem de vida, de honra e tolerância dos nossos irmãos monges, a vós e a nós, decidi ler o testamento de Christian, aos meus filhos, porque senti que era destinado a todos nós... O testamento é mais que uma mensagem, é uma herança... O nosso dever é continuar o percurso de paz, de amor a Deus e aos homens na sua diferença. Muito obrigado à Igreja por estar no nosso meio. Obrigado a todos!", dizia a carta.

 

"Isso é martírio e missão", concluiu o bispo.

 

Jaime C. Patias, imc

13 maio 2011

A treze de Maio...


Inverno em África






10 maio 2011

Aberto o XII Capítulo Geral

Iniciou ontem, dia 09 de maio, em Roma, o XII Capítulo Geral dos Missionários da Consolata. O Superior Geral, padre Aquiléo Fiorentini saudou os participantes, sublinhando as principais características deste momento especial de revisão e programação que se repete a cada seis anos. Padre Fiorentini percorreu as etapas de preparação do Capítulo, realizada nos últimos dois anos, destacando os esforços para envolver todos os missionários neste evento que repensará a missão do Instituto à luz da fé e elegerá a nova Direção Geral para conduzir a obra no próximo sexénio.

 

Fundado em Turim em 1901, pelo Bem-aventurado José Allamano, o Instituto conta hoje com cerca de mil membros provenientes de 23 países e atuando em quatro continentes. Como oferecer um trabalho missionário eficaz e qualificado, num panorama culturalmente diversificado? Eis o maior desafio que os missionários capitulares enfrentam. "Escolhemos trabalhar com o método do discernimento", disse padre Fiorentini no discurso inaugural, "para procurar entender onde Deus quer que o Instituto caminhe hoje. Devemos redescobrir um novo fervor na nossa vida missionária, deixando-nos evangelizar pela missão", destacou o padre Geral.

 

Cada um dos 48 capitulares foi convidado a fazer-se instrumento de inculturação do Instituto onde somos chamados a viver e servir, trazendo para a reflexão e debate um pedaço da África, América, Ásia e Europa.

 

Na tarde, junto à igreja de Santa Maria Madalena, em Roma, aconteceu a celebração Eucarística inaugural com a participação das Irmãs Missionárias da Consolata, também elas reunidas na Casa Geral da congregação, em Nepi, a 45 quilómetros de Roma, para o seu X Capítulo Geral. Foi um momento simbólico de comunhão entre os dois Institutos ligados pela mesma raiz e partilhando o mesmo Carisma.

 

O encerramento do Capítulo está previsto para o dia 20 de Junho, em Turim, junto ao Santuário de Nossa Senhora Consolata por ocasião de sua festa.

 

Jaime C. Patias

13 abril 2011

Parabéns Bispo José Luis!



No dia 18 de Abril o nosso confrade, José Luis, completa dois anos de episcopado ao serviço da Igreja de Ingwavuma, uma das mais necessitadas e missionárias da África do Sul.

Três meses antes da ordenção episcopal, os missionários da Consolata na África do Sul receberam o padre José Luis - acabadinho de chegar de Roma - e deram-lhe o mandato missionário á maneira dos Actos dos Apóstolos (Act 13, 3).

O primeiro a impôr as mãos ao Bispo eleito foi o ex Superior Geral P. Piero Trabucco, agora a trabalhar aqui na África do Sul; o segundo foi o Bispo emérito de Dundee Mons. Michael Paschal Rowland que, ao longo de mais de vinte anos foi como que o pai dos missionários da Consolata neste país; a terceira pessoa a impôr as mãos ao nosso confrade argentino foi o P. João Viscardi, um dos dois primeiros missionários da Consolata que, em 1971, chegaram á África do Sul.

O mandato continuou depois com os outros membros do Instituto da Consolata, sacerdotes e seminaristas, assim como religiosas e leigos invocando os dons do Espírito Santo para o Bispo do Vicariato de Ingwavuma.

"A Palavra fez-se carne e habitou entre nós" foram as palavras escolhidas pelo Bispo José Luis para o seu ministério episcopal.

Parabéns José Luis - que digo??? Parabéns Mons. José Luis Gerardo Ponce de León! Parabéns e muitas, muitas Bênçãos para o teu ministério de bispo missionário da Consolata.

26 março 2011