20 julho 2009

28 Junho 2009: do irmão para os irmãos

Saímos de Proença de manhã cedo – mas não suficientemente cedo para pararmos e matar o bicho pelo caminho – atrasei-me… Assim, por várias vezes o Domingos teve abrir as guélas do Astra para que eu pudesse chegar ao Aeroporto de Lisboa a tempo de todas as (muitas) exigências do voo para os Estados Unidos da América. Já há bastante tempo que me tinha apercebido das dificuldades a superar para quem, vindo por exemplo de África, entra na Europa. Mas para entrar nos EUA é outro para de calças! Quantos controlos que é preciso passar antes de pôr pé no avião… e não acabou aí. Ao entrar no país, para além de prova de não existência de culpas no cartório e do questionário da praxe, há que ser submetido à fotografia dos dez dedinhos das mãos e dos olhos até que, finalmente, lá vem o papelinho com os carimbo dos noventa dias de permissão para estar no país.


Em Lisboa, porém, antes de último abraço ainda tivemos tempo para um cafezinho no "nosso" bar: nosso porque já é nosso hábito tomar lá o café antes da partida – e o meu irmão adora contar umas histórias aos brasileiros do outro lado do balcão!

 

Foram oito horas e tal de voo até chegar a Newark, o aeroporto situado no Estado de New Jersey. Ao entrar no espaço aéreo americano deparei-me, porém, com as consequências dos ataques terroristas do onze de Setembro: o avião descreve uma curva imensa pelo norte – dado que, depois daquela data, não é permitido passar pelos céus de Nova Iorque.


Após a chegada a Newark um colega veio buscar-me para me levar a Somerset, a casa Provincial dos Missionários da Consolata aqui nos Estados Unidos: pouco mais de meia hora e estava entre irmãos, de novo!

Entre outros encontrei o padre Giuseppe Sesana, italiano, que trabalhou na África do Sul durante longos anos, e o padre Marcos Bagnarol, canadiano, que trabalhou em Portugal nos tempos em que eu lá trabalhava também. Fiquei admiravelmente surpreendido com o modo como o padre Marcos se recorda do português castiço e pelo modo adequadamente expressivo em que ele o usa, parabéns!



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