10 julho 2009

21-27Junho-2009 - Proença: família e amigos

 

No dia seguinte ao da minha chegada havia festa em Cardigos e Chaveira: O P. Manuel Tavares, missionário da Consolata, celebrava as suas Bodas de Ouro Sacerdotais. Antes mesmo da minha chegada a Portugal já a minha cunhada Idalina me tinha convidado, tendo entregue a respectiva quota de adesão para o almoço (cujo ganho era destinado a financiar um projecto missionário do P. Manuel Tavares na Missão de Likeleva, nos arredores de Maputo, em Moçambique.

 

A Igreja paroquial de Cardigos estava à pinha, tal como o salão de festas da capelania da Chaveira: tudo para dar graças a Deus pelo dom de cinquenta anos de sacerdócio missionário, e apoiar concretamente o trabalho missionário através da partilha dos bens.

 

Na festa do P. Manuel estavam presentes, como não podia deixar de ser, também os outros dois famosos moradores da 'Rua dos Padres': Norberto e Victor! Estavam presentes também os padres António, pároco da Freguesia, e o padre Jorge Amaro, missionário da Consolata, nascido nas encostas da Serra da Estrela, mais propriamente na Loriga.

 

A semana passou muito velozmente: de manhã e á tarde eu passava um período de tempo com a minha Mãe e, entretanto, estava por casa do meu irmão até porque precisava descansar, já que os últimos meses na África do Sul foram demasiado cheios e exigentes, e não sei o que me espera nos dois meses e tal de serviço de pregação missionária nos EUA.

 

No sábado, 27 de Junho, o padre Virgílio – com a sua já habitual amabilidade – deu-me a presidência da Eucaristia vespertina na Casa de Repouso: senti-me muito agradecido por poder guiar na Celebração da santa Missa aquela comunidade de idosos e doentes – autênticos Cristos Viventes – estando entre eles a minha Mãe. Bem hajas, Senhor! Entre outras coisas, voltei a recordar quão importante e significativo se pode tornar o sofrimento desses doentes e idosos quando oferecido, em comunhão com a Paixão de Cristo, pelo bem de toda a Igreja. Pedi-lhes que nas suas Orações continuassem a recordar os missionários e as necessidades da Igreja missionária. E foi assim, na Eucaristia, que me despedi da minha Mãe, uma vez mais. Até Setembro – se Deus quiser!

 

O serviço missionário é assim mesmo, radical e sem condescendências – para com todos os intervenientes: para mim que escolhi aceitar o chamamento missionário, mas também para a minha Mãe, idosa e doente, para o meu irmão e cunhada, e para um sem número de pessoas que se relacionam comigo: são todos intervenientes e estão todos envolvidos na grande aventura – e exigência – que é a Missão de anunciar o Evangelho de Jesus Cristo!

 

 

Sem comentários: