11 dezembro 2006

osizweni – pretória – osizweni

No dia 16 de Outubro, após mais de três em Osizweni, fui enviado para Pretória. O colega que eu estava a substituir em Osizweni voltou das suas férias e, consequentemente, retomou o trabalho na missão de Osizweni. Entretanto em Pretória um dos missionários tinha saído também para férias e era necessário outro para ajudar em Waverley e Mamelodi. Fiquei por lá até ao dia 30 de Novembro.
Foi um tempo agradável: recordo com particular emoção as Eucaristias em Mamelodi, cheias de vida, participação e alegria; em Waverley recordo o encontro com numerosos portugueses que frequentam a comunidade cristã, gente muito dada e sensível; tive a bênção de visitar alguns doentes, em casa e no hospital, levando-lhes a Sagrada Comunhão; no fim até me fizeram uma festa de despedida, em que várias vezes me perguntaram “porque não fica aqui”? Mesmo sabendo que teriam dificuldade em perceber, lá lhes fui explicando que a Missão não é onde nos querem ou onde nós queremos, por muito agradável e valioso que isso seja, mas a Missão é lá para onde somos enviados. É uma urgência que se realiza na fidelidade Àquele que envia! Mas que tamanha exigência, meu Deus, é um arriscar-se continuamente.

No dia 30 de Novembro voltei para a comunidade de Madadeni, para trabalhar na missão de Osizweni. O padre Tarcísio Foccoli, actual Superior dos Missionários da Consolata na África do Sul, trabalhou em Osizweni durante os últimos oito anos e vai agora para Pretória.

No dia 2 de Dezembro fomos até Dundee, sede da diocese, para participar na Ordenação Sacerdotal da Zamuva Mlangeni. É o décimo sacerdote diocesano desta diocese, estabelecida apenas há treze anos; para nosso ‘santo’ orgulho, a maior parte deles vêm de paróquias onde estão missionários da Consolata.

O colega que vim substituir tinha escolhido o dia 3 de Novembro como data da sua saída de Osizweni: uma grande festa de adeus e agradecimento pelo trabalho que ele aqui realizou durante oito anos. A festa contava de duas partes: a Eucaristia solene e, de seguida, sessão de agradecimento e almoço no salão da comunidade de Maria Imaculada.

A Eucaristia, com a máxima participação de movimentos e grupos, foi rica de simbologia, vitalidade e alguma emoção; afinal foram oito anos muito intensos que a comunidade viveu com o padre Tarcísio que, entre outras coisas, construiu quatro infantários e três igrejas.

Após a Comunhão, teve lugar a passagem do testemunho: o padre Tarcísio fez-me a entrega solene das chaves do Sacrário e, de seguida, um dos membros da comunidade colocou-me na cabeça o “isicoco” – símbolo de autoridade entre os Zulus.

No salão, enquanto se ouviam discursos de várias pessoas e grupos, entremeados com danças e cânticos, a assembleia ia almoçando e confraternizando. Depois de receber os presentes de agradecimento, o padre Tarcísio agradeceu as pessoas pelo carinho que lhe dedicaram ao longo dos anos, e despediu-se de todos com a oração do pai-nosso e Bênção.

Bem hajas Tarcísio pelo teu entusiasmo, dedicação e serviço a esta linda gente de Osizweni. Unwele olude!
















1 comentário:

Anónimo disse...

Que surpresa boa! Há tanto tempo que não dava notícias! Bem haja Pe. Zé Martins, pela partilha de vida. E o isicoco, fica-lhe bem; sim senhor! É normal que lhe peçam para ficar; por onde o Pe. Zé passa deixa marcas positivas e saudades. Aqui também se sente a sua falta, e com muita intensidade.
Que o Bom Deus continue a protegê-lo e a dar forças para a sua caminhada.
Como talvez não tenha outra oportunidade, nem tenho outro modo para o fazer, pois não tenho acesso ao seu correio eléctronico, desejo-he desde já um Santo e feliz Natal (não obstante tudo), e que o ano que se aproxima o cubra das Bençãos do Senhor, e lhe dê muita saúde - hoje, amanhã e todos os dias da sua vida.
Abraços e TODO o BEM, SEMPRE.
E na noite de Natal, estará à nossa mesa, disso não duvide nunca. Até sempre! E vá dando notícias neste blog, POR FAVOR!
Assim sempre vou tendo umas fotos suas!!! :-) :-) :-) :-)