27 maio 2011
26 maio 2011
Inácio Saúre, Bispo de Tete, Mozambique
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14 maio 2011
Missão e martírio no mundo contemporâneo
A Basílica de São Bartolomeu, na Ilha Tiberina, no rio Tévere, que corta Roma, guarda a memória dos novos mártires contemporâneos, entre os quais, os mártires da Argélia. A Basílica reúne arquivos de 12 mil novos mártires de diversas causas no mundo.
Os missionários e missionárias da Consolata, reunidos em Roma para os capítulos gerais, das duas congregações, receberam hoje, dia 12 de maio, dom Henri Teissier, bispo francês, com cidadania argelina, que viveu todo o período da revolução cultural islâmica na Argélia, quando 19 cristãos foram martirizados, entre os quais sete monges trapistas, assassinados no dia 21 de maio de 1996, cujos corpos nunca foram encontrados. A vida da comunidade trapista de Notre Dame Ed l'Átlas, em Tibhirine, Argélia, encontra-se retratada no filme "Homens de Deus" recentemente lançado. Calcula-se que, em oito anos, pelo menos 50 mil pessoas, foram assinadas naquele país do norte da África.
Uma leitura do testamento do padre Christian de Cherge, superior da comunidade dos monges, assassinado juntamente com seis colegas, introduziu o estudo do tema "Missão e Martírio", que destacou aspectos de fidelidade e testemunho.
Dom Teissier iniciou sua colocação contando que, na perseguição, durante o discernimento sobre a permanência ou não na Argélia, padre Christian, ao ser questionado por um confrade sobre as razões do martírio, teria respondido: "O mártir não deseja nada para si próprio, nem mesmo a própria glória do martírio. Torne-se mártir por amor".
Para dom Teissier, "o filme 'Homens de Deus' dá a impressão de que os monges estavam lá para esperar o martírio. Essa é uma perspectiva equivocada", disse o bispo. "Eles estavam na Argélia não para o martírio, mas para a missão", afirmou, sublinhando mais um pensamento do padre Christian: "o diálogo com os muçulmanos é o sacramento do encontro em nome de Deus para procurar fazer a vontade de Deus e partilhar com aquele povo, Deus amor. A Ordem religiosa não tem necessidade de mártires, mas de monges em qualquer realidade onde se encontra".
Outro aspecto destacado por dom Teissier foi a necessidade de assumir a missão com fidelidade. Os monges não estavam sozinhos, mas inseridos numa Igreja local que vivia ameaçada. Em 1993, todos os estrangeiros receberam ameaça de morte. Muitos saíram do país, mas a grande maioria permaneceu em fidelidade ao Evangelho e à missão.
Entre os vários mártires, recordou-se das Irmãs Agostinianas Missionárias espanholas, Esther Paniagua e Maria Caridad Álvarez, assassinadas na Argélia, em 1997 e da Irmã Leonella Sgorbati, missionária da Consolata morta na Somália, em 2006.
Dom Teisser, terminou sua primeira intervenção lendo um trecho da carta escrita por uma mãe muçulmana, após o martírio dos sete monges.
"Depois do sacrifício vivido por vocês e por nós, depois das lágrimas e da mensagem de vida, de honra e tolerância dos nossos irmãos monges, a vós e a nós, decidi ler o testamento de Christian, aos meus filhos, porque senti que era destinado a todos nós... O testamento é mais que uma mensagem, é uma herança... O nosso dever é continuar o percurso de paz, de amor a Deus e aos homens na sua diferença. Muito obrigado à Igreja por estar no nosso meio. Obrigado a todos!", dizia a carta.
"Isso é martírio e missão", concluiu o bispo.
Jaime C. Patias, imc
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13 maio 2011
10 maio 2011
Aberto o XII Capítulo Geral
Iniciou ontem, dia 09 de maio, em Roma, o XII Capítulo Geral dos Missionários da Consolata. O Superior Geral, padre Aquiléo Fiorentini saudou os participantes, sublinhando as principais características deste momento especial de revisão e programação que se repete a cada seis anos. Padre Fiorentini percorreu as etapas de preparação do Capítulo, realizada nos últimos dois anos, destacando os esforços para envolver todos os missionários neste evento que repensará a missão do Instituto à luz da fé e elegerá a nova Direção Geral para conduzir a obra no próximo sexénio.
Fundado em Turim em 1901, pelo Bem-aventurado José Allamano, o Instituto conta hoje com cerca de mil membros provenientes de 23 países e atuando em quatro continentes. Como oferecer um trabalho missionário eficaz e qualificado, num panorama culturalmente diversificado? Eis o maior desafio que os missionários capitulares enfrentam. "Escolhemos trabalhar com o método do discernimento", disse padre Fiorentini no discurso inaugural, "para procurar entender onde Deus quer que o Instituto caminhe hoje. Devemos redescobrir um novo fervor na nossa vida missionária, deixando-nos evangelizar pela missão", destacou o padre Geral.
Cada um dos 48 capitulares foi convidado a fazer-se instrumento de inculturação do Instituto onde somos chamados a viver e servir, trazendo para a reflexão e debate um pedaço da África, América, Ásia e Europa.
Na tarde, junto à igreja de Santa Maria Madalena, em Roma, aconteceu a celebração Eucarística inaugural com a participação das Irmãs Missionárias da Consolata, também elas reunidas na Casa Geral da congregação, em Nepi, a 45 quilómetros de Roma, para o seu X Capítulo Geral. Foi um momento simbólico de comunhão entre os dois Institutos ligados pela mesma raiz e partilhando o mesmo Carisma.
O encerramento do Capítulo está previsto para o dia 20 de Junho, em Turim, junto ao Santuário de Nossa Senhora Consolata por ocasião de sua festa.
Jaime C. Patias
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